segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Jóias Contemporâneas: Brasil e Dinamarca


Divulgação
Jóias são incríveis, mágicas, brincalhonas, sérias, perigosas, poderosas e muito mais.

Ao longo da história da humanidade, em todas as culturas e em todos os tempos, as jóias existiram e desempenharam papel importante, e não há dúvidas de que continuarão a desempenhá-lo. Porém, ao longo dos últimos anos, os objetivos se transformaram. A joalheria tradicional vem sendo desafiada. Artistas e designers ao redor do mundo têm trabalhado para criar novas expressões em suas jóias porquanto não estavam mais satisfeitos com o status quo – com valores antigos.

Os artistas brasileiros e dinamarqueses que ora participam da exposição mostram em seus trabalhos que estão quebrando a tradição e tentam redefinir a funcionalidade, estética e valores das jóias. Nesta exposição, é possível perceber como os artistas lograram êxito em não somente quebrar as regras, mas em criar um novo tipo de design e estética em seus trabalhos.

Por esse encontro brasileiro-dinamarquês podemos ver muitas similaridades em como os artistas trabalham e pensam. São todos únicos com suas próprias “marcas” especiais, mas há certos denominadores comuns. Todos são muito influenciados pelo local e ambiente em que vivem. Todos desafiam o conceito mais tradicional do que uma peça de jóia deveria parecer e a maioria deles felizmente mistura materiais não tradicionais e simples, como papel, plástico, metal etc., com ouro, prata e pedras preciosas. Eles experimentam, eles brincam, eles levam os materiais ao limite. Materiais reciclados, tais como papel, plástico, borracha, metal etc. e materiais naturais como ouro, prata e pedras preciosas. Itens domésticos bem conhecidos ganham novas funcionalidades (por exemplo: colheres de madeira, bolas de pingue-pongue, escovas de banho, meias-calças etc.) e assumem novos valores ao serem elevados ao status de joalheria.

Parece não haver limites e regras. Mas não cometa o equívoco de acreditar nisso! Há regras: a jóia precisa ser estética – se não bela, flexível, interativa com o usuário. Os artistas frequentemente desejam exprimir uma mensagem com suas peças; leveza, humor, uma estória, um elemento de surpresa. Unicidade.

Os artistas nesta exibição questionam o “valor”. O que é valor? Como atribuímos valor? A resposta poderia ser que “valor” – como a beleza – está nos olhos do detentor, do usuário e, não por menos, do criador do trabalho!

Esta exibição é um encontro verdadeiro entre duas culturas bastante distintas, mas onde percebemos que temos muito em comum. Embora cada artista seja único em seu trabalho e estilo, todos compartilham da curiosidade, da coragem de desafiar as tradições e, por último, mas não menos importante, todos são excelentes designers e artistas.


Artistas brasileiros:
Bettina Terepins
Brazilia Faz Bem (Carla de Assis, Lígia de Medeiros e Fátima Bueno)
Claudia Villela Salles
Flavia Amadeu
Joana Vasconcellos Prudente
Kika Alvarenga
Miriam Pappalardo
Renata Meirelles

Artistas dinamarqueses:
Annette Dam
Karen Fly
Katrine Borup
Lene Hald
Lisbeth Nordskov
Marie-Louise Kristensen
Mette Laier
Trine Trier

Museu da Casa Brasileira
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 São Paulo - SP
Abertura 6 de março de 2012, às 19h30
Visitação 7 de março a 8 de abril
Terça a domingo das 10h às 18h

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